CONTEÚDO DA UNIDADE
Barreiras e desafios que as empresas podem enfrentar ao desenvolver um modelo de negócios circular
As pequenas e médias empresas estão cada vez mais conscientes dos benefícios do fecho e da melhoria da eficiência dos recursos, tais como: a redução de custos com materiais, a criação de vantagens competitivas e o acesso a novos mercados. Ao mesmo tempo, no entanto, várias barreiras colocam desafios às pequenas empresas na sua transição para uma economia circular, nomeadamente, a falta de recursos financeiros, as dificuldades em avaliar benefícios futuros em relação aos custos atuais, as necessidades de conhecimento e a falta de habilidades técnicas.
Com base em várias pesquisas, barreiras e desafios podem ser categorizados da seguinte forma:
1) A cultura ambiental da empresa refere-se à filosofia, hábitos e atitudes da empresa (gestor e funcionários) para implementar práticas de negócios de economia circular.
2) Falta de capital - Mudar de um modelo de produção/negócio linear para circular requer atividades como planeamento de distribuição, gestão de stocks, planeamento de produção e gestão de uma rede de logística reversa [22], exigindo um tempo substancial e investimento da parte da empresa [26]. O nível dos custos iniciais, os custos indiretos (tempo e recursos humanos) e o período de retorno antecipado são particularmente importantes para as PME.
3) Falta de apoio do governo / legislação efetiva (através da provisão de oportunidades de financiamento, formação, política tributária efetiva, leis e regulamentos, etc).
4) Falta de informação sobre os benefícios da economia circular e legislação ambiental.
5) A falta de know-how técnico e tecnológico pode impedir as PME de transformar o seu modelo de negócio linear em circular. As tecnologias lineares estão amplamente estabelecidas nas atuais práticas de negócios, mantendo a economia bloqueada na sua forma atual. Transformar as operações exigiria que novas tecnologias sustentáveis de produção e consumo (nos campos de eco design, produção e avaliação de ciclo de vida) fossem integradas nos atuais modelos de negócios lineares, bem como profissionais competentes para geri-las.
6) A falta de apoio da rede de oferta e procura refere-se principalmente à dependência das PME no envolvimento dos seus fornecedores e clientes nas atividades sustentáveis. A implementação bem-sucedida de uma economia circular exige a colaboração de todas as partes da cadeia de fornecimento. É provável que a adoção de um modelo circular de negócios aumente a complexidade em toda a cadeia de fornecimentos (no que diz respeito aos aspetos logísticos, financeiros e legais), impactando na cadeia de valor de um produto, processo ou serviço. Neste contexto, questões relacionadas com a administração (propriedade, participação nos custos e benefícios ao longo da cadeia de valor) precisam estar resolvidas para que os modelos de negócios circulares efetivos possam ser desenvolvidos. Gerir a transição em cadeias de fornecimento circulares pode ser demorado, caro e pode exigir a colaboração de novos participantes do mercado. Especialmente para as microempresas, uma das principais barreiras é o aprisionamento de canais de distribuição, bem como o imprevisível fluxo de retorno de materiais (impedindo a recuperação eficiente de produtos) em práticas circulares que envolvem a refabricação e a reutilização de produtos. Por exemplo, no caso de refabrico de fotocopiadoras, o principal desafio é ter a mão de obra necessária para lidar com a taxa de devolução de fotocopiadoras.
7) Comportamento negativo do cliente: a pesquisa demonstra que, apesar dos benefícios das ofertas inovadoras, o tempo de adoção dos utilizadores é muito maior que o esperado. A consciencialização insuficiente dos clientes sobre os benefícios dos produtos verdes não encoraja uma mudança nos padrões de consumo e, muitas vezes, não há pressão substancial do lado da procura nas organizações menores para atender aos critérios de sustentabilidade ou desenvolver um modelo de negócios de economia circular. A transição para uma economia circular exige uma mudança no estilo de vida e comportamento dos consumidores.
Para além do exposto acima, o custo da inovação e dos modelos de negócio “verdes” tem sido considerado como um dos principais obstáculos à adoção de práticas de sustentabilidade pelas PME.
Os custos iniciais de qualquer tipo de investimento e o período de retorno esperado são particularmente importantes para as PMEs, que, geralmente, são mais sensíveis a custos financeiros adicionais resultantes de atividades de negócios verdes, em comparação com as grandes empresas.
Para além dos custos financeiros diretos, há também custos indiretos "ocultos", como o tempo e os recursos humanos que as empresas precisam dedicar para fazer melhorias ambientais. Em muitos casos, estes custos indiretos constituem um obstáculo crítico à implementação da inovação “verde”, devido à escassez de tempo e capital humano das PME.
Financeiramente, a mudança para um modelo circular, geralmente, provoca custos de investimento mais elevados e horizontes de tempo mais longos de gerar receita (receita de spread em vez de uma transação antecipada). Ambos podem causar problemas significativos ou intransponíveis no fluxo de caixa de uma empresa. As empresas necessitam de maiores reservas de capital para "esperar por dinheiro" (causando custos da taxa de juros).
Abaixo, encontrará os principais elementos de custo que as empresas podem enfrentar ao adotar modelos de negócios circulares:
Custos diretos:
· Custos de investimento
· Custos relacionados com a inovação tecnológico
· Custos relacionados com tecnologias digitais (por exemplo, modelo de plataformas de partilha)
· Materiais reciclados (muitas vezes, mais caros que os virgens)
Custos indiretos:
· Tempo
· Melhor qualificação de recursos humanos
· Custos de colaboração entre parceiros (por exemplo, plataformas de partilha, modelos de fornecimento circulares)
· Custos ambientais
· Maior custo para gestão e planeamento
· Custos relacionados com marketing (“educar” os consumidores)
Com base em várias pesquisas, barreiras e desafios podem ser categorizados da seguinte forma:
1) A cultura ambiental da empresa refere-se à filosofia, hábitos e atitudes da empresa (gestor e funcionários) para implementar práticas de negócios de economia circular.
2) Falta de capital - Mudar de um modelo de produção/negócio linear para circular requer atividades como planeamento de distribuição, gestão de stocks, planeamento de produção e gestão de uma rede de logística reversa [22], exigindo um tempo substancial e investimento da parte da empresa [26]. O nível dos custos iniciais, os custos indiretos (tempo e recursos humanos) e o período de retorno antecipado são particularmente importantes para as PME.
3) Falta de apoio do governo / legislação efetiva (através da provisão de oportunidades de financiamento, formação, política tributária efetiva, leis e regulamentos, etc).
4) Falta de informação sobre os benefícios da economia circular e legislação ambiental.
5) A falta de know-how técnico e tecnológico pode impedir as PME de transformar o seu modelo de negócio linear em circular. As tecnologias lineares estão amplamente estabelecidas nas atuais práticas de negócios, mantendo a economia bloqueada na sua forma atual. Transformar as operações exigiria que novas tecnologias sustentáveis de produção e consumo (nos campos de eco design, produção e avaliação de ciclo de vida) fossem integradas nos atuais modelos de negócios lineares, bem como profissionais competentes para geri-las.
6) A falta de apoio da rede de oferta e procura refere-se principalmente à dependência das PME no envolvimento dos seus fornecedores e clientes nas atividades sustentáveis. A implementação bem-sucedida de uma economia circular exige a colaboração de todas as partes da cadeia de fornecimento. É provável que a adoção de um modelo circular de negócios aumente a complexidade em toda a cadeia de fornecimentos (no que diz respeito aos aspetos logísticos, financeiros e legais), impactando na cadeia de valor de um produto, processo ou serviço. Neste contexto, questões relacionadas com a administração (propriedade, participação nos custos e benefícios ao longo da cadeia de valor) precisam estar resolvidas para que os modelos de negócios circulares efetivos possam ser desenvolvidos. Gerir a transição em cadeias de fornecimento circulares pode ser demorado, caro e pode exigir a colaboração de novos participantes do mercado. Especialmente para as microempresas, uma das principais barreiras é o aprisionamento de canais de distribuição, bem como o imprevisível fluxo de retorno de materiais (impedindo a recuperação eficiente de produtos) em práticas circulares que envolvem a refabricação e a reutilização de produtos. Por exemplo, no caso de refabrico de fotocopiadoras, o principal desafio é ter a mão de obra necessária para lidar com a taxa de devolução de fotocopiadoras.
7) Comportamento negativo do cliente: a pesquisa demonstra que, apesar dos benefícios das ofertas inovadoras, o tempo de adoção dos utilizadores é muito maior que o esperado. A consciencialização insuficiente dos clientes sobre os benefícios dos produtos verdes não encoraja uma mudança nos padrões de consumo e, muitas vezes, não há pressão substancial do lado da procura nas organizações menores para atender aos critérios de sustentabilidade ou desenvolver um modelo de negócios de economia circular. A transição para uma economia circular exige uma mudança no estilo de vida e comportamento dos consumidores.
Para além do exposto acima, o custo da inovação e dos modelos de negócio “verdes” tem sido considerado como um dos principais obstáculos à adoção de práticas de sustentabilidade pelas PME.
Os custos iniciais de qualquer tipo de investimento e o período de retorno esperado são particularmente importantes para as PMEs, que, geralmente, são mais sensíveis a custos financeiros adicionais resultantes de atividades de negócios verdes, em comparação com as grandes empresas.
Para além dos custos financeiros diretos, há também custos indiretos "ocultos", como o tempo e os recursos humanos que as empresas precisam dedicar para fazer melhorias ambientais. Em muitos casos, estes custos indiretos constituem um obstáculo crítico à implementação da inovação “verde”, devido à escassez de tempo e capital humano das PME.
Financeiramente, a mudança para um modelo circular, geralmente, provoca custos de investimento mais elevados e horizontes de tempo mais longos de gerar receita (receita de spread em vez de uma transação antecipada). Ambos podem causar problemas significativos ou intransponíveis no fluxo de caixa de uma empresa. As empresas necessitam de maiores reservas de capital para "esperar por dinheiro" (causando custos da taxa de juros).
Abaixo, encontrará os principais elementos de custo que as empresas podem enfrentar ao adotar modelos de negócios circulares:
Custos diretos:
· Custos de investimento
· Custos relacionados com a inovação tecnológico
· Custos relacionados com tecnologias digitais (por exemplo, modelo de plataformas de partilha)
· Materiais reciclados (muitas vezes, mais caros que os virgens)
Custos indiretos:
· Tempo
· Melhor qualificação de recursos humanos
· Custos de colaboração entre parceiros (por exemplo, plataformas de partilha, modelos de fornecimento circulares)
· Custos ambientais
· Maior custo para gestão e planeamento
· Custos relacionados com marketing (“educar” os consumidores)